domingo, 22 de maio de 2011

1995 ...


Feliz com o resultado do seu primeiro disco solo, Renato viajaria com Gilda Mattoso para a Itália, a fim de iniciar uma pesquisa para seu próximo disco solo, todo em italiano. Logo após a sua volta da Europa a Legião faria um show em Santos, na Reggae Night. Durante a apresentação Bonfá foi atingido por uma lata de cerveja. Em protesto, Renato Russo passou boa parte da apresentação, deitado no chão, olhando seu relógio. Era 14 de janeiro de 1995, e aquele foi o ultimo show da história da Legião Urbana.
Renato dedicou o restante de 1995 para as gravações do segundo disco solo, Equilíbrio Distante, lançado em dezembro do mesmo ano. No início de 1996, a Legião Urbana começa as gravações que resultaram no disco A Tempestade. Mais de 30 faixas foram gravadas, apenas 15 lançadas em setembro.

Renato Russo é considerado por muitos fãs o irmão mais velho de toda uma geração. Uma geração que ele mesmo batizou de Coca-Cola. Desde 1985, quando a Legião Urbana lançou seu primeiro disco, até hoje, milhões de fãs, de diversas idade, classes sociais e culturas diferentes se sentiram profundamente tocados pelas letras do cantor.
Considerado por alguns como o líder quase messiânico dos jovens, Renato Russo refutava veeementemente essa idéia, dizendo que era apenas um cantor que cantava o que as pessoas gostavam e queriam ouvir.

Renato Russo com 17 anos - Festa de Natal

Renato Russo aos 15 anos tinha acabado de ser operado de sua doença Epifisiólise

Redação da escola quando Renato Russo tinha 15 anos ...


"Eu acredito que não existem heróis.
A gente pode ter pessoas realmente espetaculares, por exemplo, figuras espiritualizadas, religiosas, que são grandes modelos para a humanidade, mas na verdade todo mundo é igual.
Eu não acretito que eu tenha uma verdade a mais. E principalmente a juventude.
Se a juventude cair nesse erro de acreditar que sim, elas inevitavelmente vão acabar descobrindo que o ídolo delas tem pés de barro."
Renato Russo

 

Renato Russo: Alguém aí, Já sofreu por amor?
Público grita.
Renato Russo: Isso tudo já se apaixonou de verdade?
Público grita.
Renato Russo: Eu sempre faço essa pergunta porque eu não acredito nisso. Eu cheguei à conclusão que se o amor é verdadeiro, não existe sofrimento.


Renato Manfredini Junior gostava de fantasiar que fazia parte de uma banda de rock imaginária chamada 47th Street Band, na pele do fictício Eric Russel. De quebra, quis homenagear o iluminista suíço Jean-Jacques Rousseau, o filósofo inglês Bertrand Russel e o pintor francês Henri Rousseau. Tornou-se Renato Russo.

sábado, 21 de maio de 2011

Obrigado Renato Russo ...


Por - pelo menos ter tentado - nos ensinar que é preciso amar como se
não houvesse amanhã; que a felicidade mora aqui, com a gente, até a
segunda ordem; e que quando se aprende a amar, o mundo passa a ser
nosso. Nos ensinar que é a verdade que assombra, o descaso que condena e
a estupidez que destrói, que disciplina é liberdade, compaixão é
fortaleza e quando se tem coragem, tem bondade. E por sempre, sempre,
falar que não devemos deixar que nos digam que não vale a pena acreditar
no sonho que nós temos. Por nos ensinar, também, que se quisermos
alguém em quem confiar, devemos confiar em nós mesmos. E por nunca
cansar de nos lembrar que todo mundo sabe, ninguém quer mais saber. Por
entender nossa carência, nossa procura por alguém que um dia possa nos
dizer que quer ficar só conosco. Por nos entender quando dizemos que se o
mundo é parecido com o que vemos, preferimos acreditar no mundo do
nosso jeito; por insistir que se entregar é uma bobagem e que o vento
leva sempre tudo embora. (...)
                  Eu teamo Renato Manfredini Júnior
O que quase todos na casa dos quarenta, quase todos na casa dos trinta, e quase todo adolescente e pós-adolescente de hoje têm em comum? Talvez seja o fato de, ao ouvirem as músicas daquela que foi e ainda é a maior banda do rock brasileiro em todos os tempos, sentirem a sensação de que as letras da Legião Urbana se encaixam e se identificam no cotidiano sentimental geral das pessoas e, ao mesmo tempo, são compatíveis com a realidade emocional particular de cada um.
Músicas como ‘Será’, ‘Pais e Filhos’, ‘Tempo Perdido’, ‘Há Tempos’, ‘Faroeste Caboclo’, ‘Eduardo e Mônica’ e muitas outras atravessaram as décadas de 80, 90 e chegaram aos dias de hoje, quase 12 anos após o fim das atividades de Legião, como sucessos que ainda retratam com impressionante atualidade, nossa realidade emocional, social e política. São essas características das músicas da Legião Urbana que fazem da banda uma unanimidade que liga diversas gerações num gosto comum.
O filho de Renato Russo em foto de 2006, aos 17 anos: guitarra como hobby e planos de estudar Direito..
O veterano cineasta Antônio Carlos da Fontoura está dirigindo um filme Sobre a Legião Urbana, “Somos Tão Jovens”, que tem o lançamento previsto para o final de 2008, ou no decorrer de 2009.
A Legião Urbana ainda é o terceiro maior grupo musical da gravadora EMI em venda de discos por catálogo em todo o mundo hoje em dia. São 13 discos que ultrapassam as 19 milhões de cópias vendidas, o que dá uma média de cerca de 200 mil cópias por mês. Uma marca que, sem dúvida, dá à Legião Urbana do eterno trovador solitário Renato Russo, o título de maior banda brasileira de rock em todos os tempos.


Após a morte de Renato Russo, foram lançados o Acústico MTV Legião Urbana, em 1999, e mais 4 discos com gravações anteriores a 1996, além da coletânea Música para Acampamentos, lançada em 1992. Existem ainda 8 discos solo de Renato Russo.
Renato deixou um filho, Giuliano Manfredini, que hoje tem 19 anos e mora com os avós paternos em Brasília. O rapaz foi fruto de uma rápida relação entre o cantor e uma fã que, segundo os pais de Renato Russo, morreu num acidente de carro, em 1990.

Renato Russo com o filho Giuliano Manfredini
A foto do disco ‘A Tempestade’: montagem com uma imagem antiga de Renato Russo ...
Ao fim das gravações de ‘A Tempestade’, em junho de 1996, Renato se isolou em seu apartamento, em Ipanema, no Rio de Janeiro, muito debilitado por uma forte pneumonia.
No dia 11 de outubro de 1996, pesando 45 quilos, morria Renato Russo, um dos maiores letristas e cantores do rock brasileiro. Seu corpo foi cremado no dia seguinte, no Cemitério do Caju, e as cinzas jogadas no jardim do sítio do paisagista Roberto Burle Marx. Onze Dias depois da morte de Renato, em 22 de outubro, Dado e Bonfá anunciavam o fim da Legião Urbana.


O álbum foi lançado em 1989, mesmo ano em que Renato Russo descobriu ser portador do vírus da AIDS, em pleno auge da carreira. O disco aborda temas como a própria AIDS, na música ‘Feedback Song for a Dying Friend’, o homossexualismo, em ‘Meninos e Meninas’, e ainda expressa a tradicional crítica tão característica nos trabalhos da Legião, na música ‘1965 Duas Tribos’.
O quinto disco ‘V’ foi lançado em novembro de 1991 e é bem melancólico, pois foi produzido na época em que Renato tinha descoberto ser portador do HIV, além de passar por problemas no relacionamento amoroso, e com o alcoolismo. Os destaques do disco ‘V’ foram a crítica social ‘Teatro dos Vampiros’ e a melancólica ‘Vento no Litoral’. Para muitos fãs da banda, o disco é a grande obra prima da Legião Urbana. A turnê de divulgação do trabalho teve que ser interrompida em 1992, quando a já frágil saúde de Renato Russo apresentou complicações.
O sexto disco, O Descobrimento do Brasil, foi lançado em dezembro de 1993. As músicas falam de esperança e despedida, pois marcam a fase em que Renato tinha iniciado um tratamento contra a dependência química. O disco foi um dos que menos tocou nas rádios.
No início de 1996, piora o estado de saúde de Renato Russo, e o cantor entra em depressão profunda. As gravações do sétimo disco, A Tempestade ou o Livro dos Dias, é interrompida várias vezes e dura seis meses. O disco foi lançado em 20 de setembro de 1996, e não possui agradecimentos e nem a tradicional frase presente em quase todos os discos da Legião Urbana: Legio Omnia Vincit (Legião Urbana a tudo vence). Renato recusou-se a tirar fotos para o disco, cujas letras são uma espécie de carta de despedida aos fãs. As Fotos para o encarte foram produzidas perto do lançamento, com exceção da de Renato Russo, que foi uma fotografia antiga reaproveitada.
Momento em que Renato Russo é agarrado pelo pescoço durante o show em Brasília
O show continuou e uma bomba foi jogada no palco. A Legião Urbana abandonou a apresentação antes do fim e o público ficou furioso. Outras bombas foram jogas no palco e teve início um quebra-quebra generalizado no estádio. Em meio ao caos, o saldo foi de 385 atendimentos médicos. O governo do Distrito Federal moveu um processo contra a Legião Urbana.
                                                O tumulto no estádio Mané Garrincha, em 1988
Renato Russo não gostava das apresentações ao vivo, principalmente com a presença de grandes platéias, e era contra o trocadilho com o nome da banda (Religião Urbana) feito pelos fãs.
No final de 1988, o baixista Renato Rocha sai da Legião, depois de desentendimentos com os outros integrantes. Começam as gravações do quarto disco, As Quatro Estações, nas quais Renato Russo e Dado Villa-Lobos se revezaram no baixo. O trabalho, com a marca das 1,7 milhão de cópias vendidas, representa o maior sucesso da banda, e é considerado o melhor disco do grupo. Das 11 músicas, 9 fizeram sucesso nas rádios.
Em julho 1983, a Legião faz um show no Circo Voador, no Rio de Janeiro. Após a apresentação, que foi um marco na história da banda, a Legião é convidada para assinar com a gravadora EMI. O baixista Renato Rocha, o Negrete, entra para a banda em 1984, quando começam as gravações do primeiro álbum.
O disco 1, Legião Urbana, é lançado em 1 de janeiro de 1985, e a música ‘Ainda é Cedo’ é a primeira a ser tocada nas rádios FM de norte a sul do Brasil. As músicas ‘Será’ e ‘Por Enquanto’ são outros grandes sucessos do primeiro trabalho da Legião.
Ainda em 1985, começam as gravações do segundo disco, que teria o nome “Mitologia e Intuição” e seria um álbum duplo, mas, como a gravadora não concordou, o trabalho foi lançado só com um disco, em 1986, sob o título “Dois”, que é a segunda marca de maior venda da Legião, com 1,2 milhão de cópias. As músicas ‘Tempo Perdido’, ‘Índios’, ‘Quase sem Querer’ e ‘Eduardo e Mônica’ são os grandes sucessos desse segundo trabalho da Legião. Nessa época, a banda quase acabou.
Passada a fase de quase dissolução do grupo, começam as gravações do terceiro disco, Que País é Este, que foi lançado em 1987 e é o disco da Legião considerado mais punk , já que das 9 músicas do trabalho, 7 eram da antiga banda Aborto Elétrico.
Durante a turnê de divulgação do disco Que País é Este, um show realizado no estádio Mané Garrincha, em Brasília, em junho de 1988, acabou em imensa confusão generalizada. A apresentação começou com atraso, e Renato Russo estava bem humorado no palco, fazendo brincadeiras com a platéia.
Na quarta música, ‘Conexão Amazônica’, um integrante da platéia passou pelos seguranças e subiu no palco. Agarrou Renato Russo pelo pescoço, como que querendo estrangulá-lo. O vocalista revidou com golpes de microfone na cabeça do agressor, que foi contido pelos seguranças e retirado do palco.
Renato queria montar outra banda, e foi com o baterista Marcelo Bonfá, o guitarrista Eduardo Paraná e o tecladista Paulo Paulista que a lendária Legião Urbana teve início. A banda herdou várias músicas do Aborto Elétrico, entre as quais, fizeram sucesso ‘Química’, ‘Geração Coca-Cola’, ‘Que País é Este’, ‘Conexão Amazônica’, ‘Tédio Com um T Bem Grande Pra Você’ e ‘Ainda é Cedo’. A primeira apresentação do grupo foi na cidade mineira de Patos de Minas, em 5 de setembro de 1982, no festival Rock no Parque. Foi a única apresentação de Eduardo Paraná e Paulo Paulista, que deixaram a Legião Urbana logo depois.
O guitarrista Ico Ouro-Preto passou a integrar a Legião Urbana, porém, a falta de uma seqüência fixa de ensaios e o medo de palco o fizeram deixar a banda antes da primeira apresentação em público, que seria na Temporada de Rock Brasiliense.
Depois de uma incessante procura por um novo guitarrista, chegava Dado Villa-Lobos, que já tinha um grupo chamado Dado e o Reino Animal. Estava formada a Legião Urbana, com os integrantes que tanto ficou conhecida: Dado, Renato e Bonfá.
Foi por causa dos discos de punk rock que Fê Lemos e Renato Russo ficaram amigos. Quase na mesma época, Renato Russo conheceu André Pretórius, que era filho de um diplomata da África do Sul, e andava vestido de punk pelas ruas de Brasília. Surgiu a idéia dos 3 montarem uma banda com Renato Russo no baixo, André Pretórius na guitarra e Fê Lemos na bateria; nascia a banda Aborto Elétrico.
A escolha do nome foi inspirada por um literal aborto elétrico ocorrido durante uma passeata em Brasília. A tropa de choque entrou em ação desferindo choques com as pontas dos cacetetes sobre os manifestantes. Uma moça grávida não resistiu às descargas elétricas e abortou no meio da rua, uma menina que se chamaria Fátima, e que acabou dando nome a uma música do Aborto Elétrico, que se tornou um dos maiores sucessos do grupo Capital Inicial posteriormente.A solução para a rapaziada se divertir era formar grupos, fazer festas, ou seja, aglutinar pessoas. E Renato Russo, a princípio um cara estranho, que andava de camisa social, capa preta e com um guarda-chuva na mão, era o aglutinador. Como ele costumava dizer, gostava de“tchurmas”. “Desde pequeno eu era ligado em filmes de tchurmas e, ai, armei uma. Eu era muito pentelho, juntava as pessoas, era uma espécie de catalisador… Insistia muito nisso”, definiu-se o cantor, em entrevista à BIZZ, em maio de 1989.
O primeiro show do Aborto Elétrico foi instrumental, num bar brasiliense chamado Só Cana. André Pretórius quebrou a palheta e machucou a mão, mas continuou tocando com o sangue escorrendo. As pessoas aplaudiram o sacrifício do guitarrista que, depois da apresentação, foi embora servir no exército da África do Sul, deixando o Aborto Elétrico.
Com a prematura saída de Pretórius, Renato Russo assumiu a guitarra e o irmão de Fê Lemos, Flávio Lemos, passou a integrar o Aborto Elétrico como baixista. Nasciam músicas que ficariam famosas no cenário do rock brasileiro anos depois: “Que País é Este”, “Veraneio Vascaína”, “Conexão Amazônia”, “Música Urbana” e muitas outras.
Em 1981, o Aborto Elétrico fazia muitos shows em festas e festivais de colégios. Ico Ouro-Preto, irmão de Dinho do Capital Inicial, entrou para a banda como guitarrista, e Renato Russo assumiu a função de vocalista exclusivamente.
Os desentendimentos entre Renato Russo e o baterista Fê Lemos eram constantes. As divergências sobre a qualidade da música “Química”, que se tornaria um dos maiores sucessos da Legião Urbana posteriormente, foi um dos motivos que ocasionou o fim do Aborto Elétrico, em 1982.
Fê Lemos e Flavio Lemos entraram para a banda Capital Inicial, que acabou herdando do Aborto Elétrico, as músicas ‘Fátima’, ‘Veraneio Vascaína’, ‘Ficção Científica’ e ‘Música Urbana’.
Renato Russo, que já trabalhava desde os 17 anos com jornalismo, rádio e aulas de inglês, continuou se apresentando como um “trovador solitário” nos bares de Brasília, onde os freqüentadores tinham o privilégio de ouvir o violão e a voz de Renato interpretando as canções ‘Química’, ‘Eu Sei’, ‘Faroeste Caboclo’ e ‘Eduardo e Mônica’, numa versão mais extensa que a gravada posteriormente pela Legião.

Começo ...

 Renato Manfredini Junior, o Renato Russo, nasceu no Rio de Janeiro, em 1960. Aos 7 anos, foi morar com a família em Nova Iorque, pois o pai, que era funcionário de um grande banco brasileiro, foi transferido para trabalhar na agência daquela cidade. Nos Estado Unidos, Renato teve estreito contato com a língua inglesa.
A família Manfredini voltou ao Brasil dois anos depois, em 1969, e foi morar na Ilha do Governador, no Rio de Janeiro. Renato se destacava como excelente aluno na escola, mas sempre muito tímido e calado.
Em 1973, Renato e a família vão morar na Asa Sul, em Brasília. Ao completar 15 anos, em 1975, os médicos descobrem que Renato Manfredini tem uma doença óssea chamada epifisiólise, que em Renato, praticamente dissolveu a cartilagem do osso que liga o fêmur à bacia.

Submetido a uma delicada cirurgia, Renato recebeu o implante de três pinos de platina na bacia, e teve que ficar seis meses na cama, praticamente sem movimentos, e mais um ano e meio, até os 17 anos, se locomovendo em cadeira de rodas, praticamente sem sair de casa. Nesta ocasião, Renato leu e ouviu muita música, despertando assim a pretensão de montar uma banda de rock. O nome “Russo”, que virou sua marca artística, foi uma homenagem aos filósofos Jean-Jacques Rousseau e Bertrand Russell, cujas obras leu no período em que esteve entrevado por causa da doença óssea. 
          

 
Renato só voltou a andar aos 18 anos, em 1978, mesmo ano em que o jovem Felipe Lemos, o Fê, então com 16 anos e filho de um professor da Universidade de Brasília, voltava com a família de uma temporada na Inglaterra para morar num conjunto com quatro prédios em Brasília, chamado de Colina.

Numa noite de 1978, Felipe Lemos vai com amigos a uma festa. A vitrola ecoa aos quatro ventos músicas das bandas Ramones, The Clash e Sex Pistols, as mesmas que o jovem costumava ouvir na Inglaterra. Interessado em conhecer o dono dos discos, Fê Lemos é apresentado, naquela festa estranha, a um sujeito esquisito vestido com camisa social, e que andava segurando um guarda-chuva numa mão e uma capanga na outra, Renato Russo.